Programa de Pós-Graduação em

Fisiopatologia Clínica e Experimental

PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL DE USO NO TRATAMENTO DA OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA

 

A obesidade é uma epidemia multifatorial de elevado risco para a saúde. Um dos fatores envolvidos neste cenário é a programação metabólica, onde agressores (má nutrição, poluentes, pesticidas) em períodos críticos da vida (1000 dias iniciais do desenvolvimento= gestação+lactação+2 primeiros anos) aumentam as chances da ocorrência de doenças crônicas, como a obesidade.

Atualmente, um novo período de moderada plasticidade vem sendo considerado crítico para o desenvolvimento de desordens metabólicas, a adolescência. Neste momento, tanto pode ocorrer programação para doenças, quanto pode representar um período onde a resposta ao tratamento pode ser mais eficaz, e novas alterações epigenéticas podem amenizar, ou até mesmo anular as alterações dos períodos críticos iniciais.

Apesar da variedade de tratamentos para a perda de peso, é difícil uma opção segura e eficaz, sobretudo para adolescentes. Na busca por novas estratégias, a fitoterapia parece ter um bom potencial terapêutico. No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde, aprovou, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS reconhecendo o uso terapêutico das plantas medicinais de uso pela população.

A adolescência representa uma "janela" de oportunidade para o início de tratamentos, contribuindo para um melhor desenvolvimento do indivíduo até a vida adulta. E acreditamos que a natureza multifatorial das plantas medicinais, devido a sua diversidade molecular, possa oferecer uma nova oportunidade para abordar a obesidade, por ser também uma desordem multifatorial.

Ainda, um agravante para obesidade na adolescência, é a pandemia de COVID-19, que tem efeitos colaterais nos adolescentes obesos que vão além dos da infecção viral direta, pois o isolamento é ainda mais desfavorável e propicia a inatividade física e ao maior consumo de alimentos calóricos. Portanto desenvolver estratégias para o restabelecimento do seu quadro metabólico torna-se prioridade para essa população que, segundo dados epidemiológicos, tende a aumentar consideravelmente nos próximos anos.

 

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