Mecanismos moleculares envolvidos no aumento da adiposidade corporal na obesidade: Efeito do consumo de adoçantes sobre parâmetros endócrino-metabólicos em camundongos obesos

Este projeto de pesquisa inclui a realização de estudos visando aprofundar nosso conhecimento sobre associação entre o consumo de diferentes tipos de adoçantes (naturais e artificiais) e alterações endócrino-metabólicas.

Estudos demonstram que com aumento na prevalência da obesidade houve uma maior procura pelo consumo de adoçantes não calóricos, como uma alternativa para perda e manutenção do peso corporal e controle glicêmico, visto que os adoçantes contribuem com o sabor doce sem acrescentar calorias.

Entretanto, dados recentes da literatura sugerem fortemente a associação entre o consumo dos adoçantes artificiais e ganho de peso, intolerância à glicose, aumento da secreção de insulina, alteração da microbiota intestinal, hiperfagia, alterações na adipogênese e lipólise do tecido adiposo branco, além da redução da termogênese no tecido adiposo marrom, que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade e suas complicações crônicas como dislipidemias, doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2, sugerindo que os adoçantes artificiais amplamente vistos como uma forma de combater a obesidade e diabetes, poderiam em parte estar contribuindo para a epidemia global dessas doenças.

Contudo, pouquíssimos estudos apresentam a ação dos adoçantes sobre as alterações moleculares referentes ao metabolismo energético em tecidos periféricos, como por exemplo, o adiposo branco e marrom, importantes reguladores da homeostase energética e de glicose, demonstrando a estes compostos podem regular a adiposidade corporal e o metabolismo energético.

Esta além de ser importante para a continuidade das pesquisas desenvolvidas em nosso Laboratório, focadas em Fisiologia da Nutrição e Desenvolvimento, propicia o aperfeiçoamento em temas ainda não completamente elucidados na literatura contemporânea.