Eletrofisiologia e Estimulação Não-Invasiva do Sistema Nervoso: Investigação dos Mecanismos de Ação, Emprego em Neuromodulação de Condições Patológicas e em Diagnóstico Eletrofisiológico e Pré-Operatório
Em linhas gerais, este projeto de pesquisa busca estudar os mecanismos de ação dos campos elétricos resultantes no tecido nervoso após a aplicação de dispositivos (tDCS e TMS), bem como a utilidade das técnicas de estimulação não invasiva do sistema nervoso no diagnóstico e tratamento de diversas condições neurológicas, psiquiátricas, ou outras que cursam com alteração da excitabilidade do sistema nervoso.
As técnicas de estimulação elétrica cerebral não invasivas têm como principal atrativo a simplicidade, e o fato de serem não invasivas.
Tais características são interessantes para o emprego desta tecnologia no âmbito da atenção à saúde no sistema público.
As lesões cerebrais representam importante fator de incapacitação laboral e social, ocasionando grande impacto econômico.
Por essa razão, a procura por tratamentos eficazes é fundamental para mitigar o ônus social, econômico e familiar da doença neurológica. Atualmente existem opções em reabilitação neurológica baseadas em tecnologias de neuromodulação que oferecem a possibilidade de aumentar os efeitos das modalidades terapêuticas correntes.
Dentre essas técnicas, a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS) são as mais empregadas, havendo estudos comprovando a eficácia no tratamento de diversas patologias.
Ambas as técnicas se baseiam no fato de que a aplicação de um campo elétrico sobre o tecido nervoso interfere com a excitabilidade tecido nervoso, através da alteração do potencial de membrana do neurônio durante a estimulação.
Evidências farmacológicas indicam que o efeito observado após cessada a estimulação se deve a alterações tardias induzidas através de interferência com mecanismos sinápticos (plasticidade sináptica).
De uma maneira geral, as estratégias terapêuticas que empregam as diversas técnicas de estimulação cerebral não invasiva se valem desses princípios, podendo ou não agregar à neuromodulação elétrica outros estímulos (ex. treinamento fisioterápico) uma vez que no córtex motor,a plasticidade relacionada ao recrutamento funcional do neurônio possui maior eficiência após a desinibição cortical induzida pela neuromodulacão.
Plataforma Sucupira
Acesso a Produção Científica
Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Blvd. 28 de setembro, nº 77, Prédio do CePeM, 2º andar, Sala do FISCLINEX
Rio de Janeiro/RJ - Brasil CEP: 20551-030
Tel.: 2868-8212/2868-8215/2868-8230 - RAMAL 106
Email: - posclinex.uerj@gmail.com