Programa de Pós-Graduação em

Fisiopatologia Clínica e Experimental

Função tireoidiana em diferentes situações clínicas

 

A avaliação da função tireoidiana é fundamental e está bem estabelecida em determinadas situações clínicas, como na gestação, no diabetes mellitus tipo 1, uso de determinadas medicações (como amiodarona e lítio), história de radiação cervical, dentre outras. Reconhecer disfunção tireoidiana e seu mecanismo fisiopatológico em diferentes situações clínicas permite o tratamento adequado e melhora clínica do paciente.

Em relação à doença renal crônica (DRC), estudos observacionais mostram que o hipotireoidismo pode ser mais prevalente em portadores de DRC, e que o tratamento da hipofunção melhora a taxa de filtração glomerular; entretanto, tal associação é questionada por outros estudos. Sugere-se que possam existir mecanismos de inter-relação entre a doença tireoidiana e renal, onde a doença tireoidiana poderia ser um fator de risco para a doença renal, e vice-versa. O método ideal para a dosagem de T4 livre é a espectrometria de massa, porém, não há estudos disponíveis utilizando esta técnica em portadores de DRC. A população de renais crônicos apresenta alterações clínico-laboratoriais que deveria ser contemplada com a avaliação de T4 livre por espectrometria.

Referente à função tireoidiana em mulheres submetidas à fertilização in vitro (FIV), a maioria dos estudos são retrospectivos. Levando-se em consideração as variações da dinâmica dos hormônios tireoidianos durante a estimulação ovariana controlada, e os resultados conflitantes em estudos disponíveis na literatura, a American Thyroid Association sugere que a avaliação da função tireoidiana seja realizada 1-2 semanas antes da estimulação ovariana controlada, não devendo ser feito dosagem de hormônios tireoidianos durante o curso de estímulo ovariano por dificuldade de interpretação dos mesmos; além de recomendar novos estudos sobre o tema.

Dessa maneira, essa linha de pesquisa objetiva: 1) avaliar a função tireoidiana em pacientes portadores de DRC em diferentes estágios, além de comparar os valores de T4 livre por quimioluminescência com os valores encontrados no método de espectrometria de massa nos pacientes com DRC estágios 4, 5 pré-dialítico e 5 dialítico; e 2) analisar a dinâmica do eixo hipófise-tireoide durante a estimulação ovariana e suas repercussões no sucesso da FIV em mulheres de nosso meio.

 

Plataforma Sucupira

Acesso a Produção Científica

Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental

 

Blvd. 28 de setembro, nº 77, Prédio do CePeM, 2º andar, Sala do FISCLINEX

Rio de Janeiro/RJ - Brasil  CEP: 20551-030

Tel.: 2868-8212/2868-8215/2868-8230 - RAMAL 106

Email: - posclinex.uerj@gmail.com